Revogação da reforma da Previdência custaria R$ 240 bi nos próximos 4 anos, diz IFI
Segundo cálculo da Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI), a revogação da reforma da previdência – aprovada em 2019 – geraria um custo adicional de cerca de R$ 240 bilhões aos gastos públicos nos próximos quatro anos.
Ao tomar posse no ministério da Previdência Social na terça-feira (3), o novo ministro Carlos Lupi disse que pretendia reavaliar “item por item” da reforma da Previdência, chamada por ele de “antirreforma”. Lupi chegou a dizer que criaria uma “comissão quadripartite”, com os sindicatos dos trabalhadores, os sindicatos patronais, dos aposentados e com o governo para discutir com profundidade o tema.
Especialistas ouvidos pela CNN reforçaram a preocupação com o aumento de gastos públicos nos próximos anos com uma possível revogação da reforma previdenciária.
“Eu acho que a revogação da reforma da Previdência não vai acontecer, pois não é compatível com as principais pautas econômicas do governo. Desfazer a reforma ampliaria muito o gasto público e cortaria espaço para outras pautas, como ampliação de investimento, salario mínimo”, destacou o economista Pedro Nery, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (4).